domingo, 7 de outubro de 2007

#2 Das empatias

Milhares de pessoas cruzam a nossa vida. Nos meandros das nossas relações sociais, familiares, profissionais e dependendo da nossa mobilidade em cada um desses campos..Conseguimos conhecer sempre mais e mais pessoas. Chegamos a um ponto em que achamos que não vale a pena conhecer mais ninguém.. Não conseguimos gerir tanta coisa. Cada nova pessoa vem potencialmente tirar, nem que por um tempo, o lugar de outra. Mas acontece uma coisa. Sempre sentimos algum tipo de afinidade com cada nova pessoa na nossa vida. Precisamos de um pouco de tempo e convivência para descobri-la. Mas há-de haver sempre alguma afinidade. E podemos ser de contextos completamente diferentes, países diferentes, filosofias de vida completamente diferentes. O taxista da Malásia vai dizer alguma piada sobre os buracos da rua que nos vai fazer rir. O guarda da Realeza inglesa, feito estátua à entrada do Palácio, inerte a todos os turistas a interpelá-lo, há-de sorrir e espreguiçar, nem que seja só umas três horas por dia. Com qualquer pessoa que te cruzes, em qualquer lugar, vais ter sempre algo para lhe dizer. E ela a ti.
Mas claro temos mais afinidades com uns que outros. Ainda bem!
Com quem estamos mais à vontade, que pensa da mesma maneira, que adivinha os nossos pensamentos. Que diz as mesmas piadas. Com quem nos sentimos bem. Chamam-lhe afinidade...
Poderíamos até fazer um ranking da afinidade ou empatia que temos com as pessoas. Não haverá nenhuma que bata 100% connosco (eu própria não saberia dizer o que é bater 100% comigo!). Mas, por outro lado, a nossa natureza humana dá-nos um elo de ligação universal. Podemos ser transcendentalmente diferentes no aspecto e na cultura e em tudo o que nos caracteriza mas há-de haver uma forma de comunicação possível, uma mensagem transmitida e percebida. Uma ponte!

3 comentários:

Anónimo disse...

e estes rankings das afinidades também são tão condicionados pelos nossos tempos...!!! ou pelas nossa falta de tempo!!! às vezes, a descoberta que seria fazer, acaba por se distrair por contingências de trabalho, familiares, etc...
fica sempre a esperança que a coisa melhore em breve!!!!
bjs sonia
prá semana vou a barcelos!!!

Anónimo disse...

Isso devia ser outro lado da nossa vida, as relações humanas e as pontes que se podem estabelecer, no dia a dia, a todas as horas, minutos e segundos nas encruzilhadas da vida com potenciais conhecidos e amigos (mesmo que não batam a 100% connosco, haverá sempre alguém que mesmo sendo o inverso de nós poderá andar lá perto), e com o pouco ou muito tempo que temos… é quase sempre uma questão de disponibilidade, com mais presenças ou noutros casos ausências vão sendo "geridas" de forma a poder haver sempre mais ligações sem ser preciso fechar para balanço e contabilizar o saldo actual... mas aproveitar o que cada uma tem para dar sem que seja preciso tirar tempo e o lugar de outra…. Ou devia ser assim!!!

Anna disse...

Poderia pontuar assim: 'seres humanos', pontes difíceis...a travessia muitas vezes é perigosa mas, por outras compensadoras.