terça-feira, 30 de outubro de 2007

Novo livro do fotógrafo Sebastião Salgado, África


(©Sebastião.Salgado)


Transcrevo aqui um post do blog Fotojornalismos que consiste num depoimento do jornalista Miguel Sousa Tavares, sarcástico e arrogante q.b. como habitualmente (gosto!), mas que, neste caso, se rendeu às fotografias do novo livro de Sebastião Salgado, "África".

Hummm, que giro... o Natal está aí! (>> ideia subtil para me ofertarem!...=) )


"Desde muito novo que sou um apaixonado pela fotografia de reportagem e por isso não admira que, muito cedo também, tenha tomado contacto com a obra do brasileiro Sebastião Salgado, assim que, a partir de Paris, ele começou o seu trabalho de "freelancer" na agência Sygma. Continuei a segui-lo na Gamma e, mais tarde, quando ele se mudou para a Magnum, passando a integrar o catálogo de referência dessa extraordinária cooperativa de "photo-reporters", cuja história se confunde com a da segunda metade do século XX. Enquanto director da extinta e (para mim) saudosa revista 'Grande Reportagem', tinha conseguido estabelecer um acordo de exclusividade com a Magnum para Portugal, na vigência do qual julgo que me terão passado pelas mãos todas as fotografias que Sebastião Salgado fez nesses anos e que estavam disponíveis para publicação.

Por dever de ofício, eu seguia então, de forma permanente, as deambulações de vários "freelancers" internacionais, alguns dos quais colaboradores permanentes da 'GR'. Sabia quando iam partir para algum lado, que trabalho iriam fazer, quando se esperava que regressassem e quando é que o resultado das suas viagens estaria disponível para negociação. A alguns comprava o trabalho 'no escuro', bastando que eles me telefonassem a dizer "vou para Angola" ou "vou para a Etiópia". Assim, fui seguindo também os passos de Sebastião Salgado e atento ao seu trabalho, que, todavia, nunca me impressionou sobremaneira. Não sei explicar bem, mas havia naquele "désarroi" permanente do seu trabalho alguma coisa que me parecia demasiado óbvia ou demasiado redutora. A miséria é sempre mais fotogénica e mais 'reportável' do que o seu oposto, assim como o preto e branco serve melhor essa causa do que a fotografia de cor. Parecia-me, talvez injustamente, que o caminho que Salgado tinha escolhido era o mais fácil e, em certo sentido, demagógico, para quem buscasse uma visão compreensiva do mundo, e não apenas uma visão fragmentada e politicamente predeterminada. Quando começou a publicar os seus trabalhos sobre a terra e os sem-terra, Salgado era já um ícone da 'esquerda fotográfica' - uma noção absurda, em si mesma. Não que um fotógrafo, como qualquer jornalista ou qualquer testemunha, não possa ter causas, mas essa visão não pode ser restrita, sob pena de ser infiel: não é possível tapar o olho direito e mostrar apenas o que vê o olho esquerdo. Quando, nos anos 90, ele publicou o seu trabalho sobre o exército de formigas humanas da Serra Pelada, por exemplo, não havia nada de falso naquelas imagens bíblicas, a preto e branco, dos mineiros cobertos de lama a esgravatarem as encostas da serra em busca da pepita de ouro que pudesse resgatá-los para sempre da miséria. E, todavia, eu tinha lá estado também, tinha visto, fotografado e filmado as mesmas imagens, mas também vira outras coisas para além delas e que não se viam nas imagens de Sebastião Salgado: havia cor no ambiente, apesar do aparente tom cinzento e uniforme da lama que tudo envolvia; havia sorrisos e expressões de alegria, apesar da dureza daquela vida; e não havia apenas a miséria humana e o desespero, havia também caras de dignidade e de esperança.

Sebastião Salgado acaba de lançar agora em Portugal o seu livro 'África', resumindo o trabalho de trinta anos de fotografia no continente negro, com textos de apoio do moçambicano Mia Couto. O livro (perdoe-se-me a declaração, que seria ridícula se não fosse estritamente pessoal), sepultou todas as minhas dúvidas acumuladas nestes anos e resgatou a meus olhos um trabalho que, até aqui, tinha tido a presunção de achar incoerente. A África que Sebastião Salgado nos mostra é a mais bela e a mais terrível homenagem a esse continente belo e terrível.

O início do livro, com o deserto da Namíbia, Skelleton Coast e a aproximação à região dos Grandes Lagos, funciona como se fosse uma espécie de prefácio primordial: "vejam que bonito que isto é!". Tem algumas fotografias lindíssimas mas já outros tinham feito antes e melhor, como Peter Beard, e não seria por aí que Salgado conseguiria a diferença. As primeiras imagens 'humanas' são também de esperança e de descoberta: Moçambique depois da independência, refugiados de guerra que voltam à sua Pátria, mulheres que fazem penteados para o regresso ou uma deslumbrante fotografia de uma família que observa a cabana onde viveu no exílio e a que pegou fogo simbolicamente, a arder, enquanto os seus membros se preparam para iniciar a caminhada de regresso à terra que haviam deixado para trás.

E fim de tréguas. O resto do livro é um roteiro de uma violência por vezes insustentável sobre estes trinta últimos anos que marcaram a ferro e fogo a história de África. É uma viagem terrível às profundezas do Mal, ao mais fundo da bestialidade humana, à mais devastadora doença dos tempos modernos, que é, como diz o Fernando Nobre, a indiferença. Esta África que as fotografias de Salgado nos mostram é de uma crueldade e de uma beleza insuportáveis - tão mais insuportável quanto é bela. No meio das imagens da miséria-limite das povoações exterminadas pelas guerras, pelos massacres, pelas doenças e pela fome, lá estão também outras lindíssimas de embondeiros curvados à passagem do vento e das catástrofes, como estátuas nuas da tragédia, a poeira levantada pelos rebanhos esqueléticos à luz do pôr-do-sol, e mulheres lindas e sensuais segurando crianças de olhares deslumbrantes e tão tristes que custa a crer que a condição humana suporte e crie tanta tristeza. Entre todas, há uma imagem que eu, se fosse crente ou dirigente, mandaria expor em todas as igrejas e templos do mundo, em todos os fóruns onde se discutem os destinos da humanidade e em todas as sedes das multinacionais que acumulam fortunas a negociar com os governos corruptos de África: é a imagem de um pai, absolutamente esquelético mas com uma expressão de dignidade e de dever que eu nunca vi em ninguém, carregando ao colo a pele e os ossos de um filho, chegando a um campo de refugiados no Sudão, depois de ter atravessado todo o deserto desde a Etiópia, em busca de auxílio.

Disse-me um compatriota brasileiro de Sebastião Salgado que "a vida já é tão triste, que não é preciso ainda ter de levar com as fotografias do Salgado!". Sorte a dele - pode passar adiante sem ter olhado para este livro! É sempre possível dizer que não se viu, não se soube de nada. Eu, infelizmente, vi."



(Miguel Sousa Tavares in Jornal Expresso de 29 de Outubro de 2007)

domingo, 28 de outubro de 2007

Seu Jorge em Portugal


Seu Jorge é um artista que criou um rumo musical com marca própria, driblando padrões e a própria realidade em que viveu. Nascido e criado na periferia pobre do Rio de Janeiro, Jorge Mario da Silva foi morador de rua, quando teve contato com o teatro e virou ator, seguindo-se a sonhada carreira de músico. Misturou samba com rock, funk, reggae e firmou carreira internacional auxiliada por actuações em vários filmes, especialmente Cidade de Deus. Na música, sucessos como "Carolina", "Tive Razão" e "São Gonça" marcaram sua carreira e fizeram dançar milhares de pessoas espalhadas pelo mundo.


Seu Jorge vem em digressão a Portugal. Nesta próxima 5ª, 1 de Novembro, vai estar na Casa da Música no Porto mas, infelizmente não vou, pois já fui procurar comprar tarde e os lugares decentes já estão esgotados =(, mas fica aqui um cheirinho de algumas músicas para abrir o apetite a quem vai..(e para consolar os que ficam em casa como eu!)


Carolina



É isso aí (com Ana Carolina)



São Gonça



Zé do Caroço




Tive razão

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

para desanuviar... =)



Eu gosto especialmente do rapaz com o mega cinto metalico..muito bom!!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

My new world - steel and iron made











Ricardo.Portela)

domingo, 21 de outubro de 2007

'Quase'

Ainda pior que a convicção do não é a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.
ֹ o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem
quase amou não amou.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia a dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.

Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.


Sarah Westphal Batista da Silva

terça-feira, 16 de outubro de 2007

#4 Dos limites

Hoje tive uma interessante ‘discussão’ sobre os limites. Os limites que cada um de nós acha razoável para determinadas coisas, nomeadamente, coisas que não nos fazem muito bem… como sejam as drogas, o tabaco, o álcool ou qualquer outro vício prejudicial ao nosso bem-estar e saúde. O meu colega dizia que um determinado músico não cantava bem porque estava sempre bêbado em palco e, ainda porque estava bêbado, falava em vez de cantar. Por beber, automaticamente cantava mal. Por beber, automaticamente era um vadio sem qualquer valor. Depois disse que era completamente anti-alcool, anti-drogas, anti-vícios!
Bem, eu também me acho anti-tudo isso, mas não tão radicalmente ou com limites tão rígidos como os do meu colega.
E só quando me atinge a mim ou ‘aos meus’, próximos e a quem eu quero bem. De resto, acho que um copo aqui e ali só faz bem à alma e à batida cardíaca.. (há-de haver um estudo americano para provar isso!). Tal como não me chateia um cigarro à noite num bar, mas não à minha beira quando estou a almoçar.
Também acho que aquele velhinho que não dispensa os dois dedos de whisky com gelo depois do almoço, ou uma boa patuscada, vai preferir viver dois anos com esses pequenos prazeres que a vida ainda lhe oferece do que quatro anos e sete meses sem eles.
O Salvador Dali também só conseguia ter aquelas visões surrealistas quando se drogava. E o que seria da Arte Moderna sem a girafa a arder??
Se o nosso músico gosta de um copito aqui e ali e se com isso tem acessos de inspiração que o fazem compor músicas perfeitas, porquê julgar isso? Ficávamos todos mais pobres se ele não tivesse esses acessos (mas é claro que em palco preferimos alguma sobriedade).
Perdemos muito tempo a julgar e a moralizar, quando essa opção só nos diz respeito a nós. E alguns (de nós) arriscam mais, para nos poderem presentear com algo mais também.

domingo, 14 de outubro de 2007

Balance - Sara Tavares

Mais uma música daquelas que entra e não sai mais.. Adoro este swing africano!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

# 3 Do Isopor


(©silvia.magalhaes)

Tinha acabado de chegar. Apenas dois dias de uma nova história. Um mundo por desvendar. Muitos retratos novos me seduziam. Comigo, uma tela em branco. Qualquer ângulo dava uma pintura, uma fotografia, uma oportunidade para conhecer, enriquecer, saborear, desfrutar…. Para trás, uma porta fechada. Não havia ligação possível entre aqueles compartimentos da minha vida. Fechei uma. Abri outra. Logo se veria o que viria por ali. E essa noite prometia. Seria a primeira noite fora de casa naquela cidade estranha. Estava sozinha, eu e o meu novo mundo. Saio à rua, apanho um táxi. Pergunto pela praça. Todos os caminhos conduziam àquela praça nessa noite. No ar, a ameaça de folia para alguns metros depois, adiantando o que viria alguns dias depois. Era o Carnaval que estava a chegar. Nas ruas, já se sentia a passada da marchinha. E nessa terra da alegria, tinha de haver uma grande preparação. Dias antes. Semanas antes.. Meses? Sim, meses antes! Na verdade, há lugares onde não são precisos motivos para se festejar. Festeja-se a vida, que já chega como motivo. Cheguei à praça e logo uma multidão chegou junto. Para se juntar à multidão que já lá estava. E dançava. Dançava sem qualquer vergonha ou complexo, como só ali pude ver. Ao fundo o samba tocava e marcava o compasso do povo. De todas as idades. Não há distinções de idade naquele lugar. Nunca se é velho demais para alguma coisa. Sobretudo para se festejar a vida. São todos meninos em corpos de adultos, com mais ou menos rugas na pele. Todos conhecem bem a criança dentro deles. E gostam de a cultivar.
Algum receio dos imprevistos. Afinal nada daquilo eu reconhecia. E não reconheci um monte de coisas a seguir… entre elas uma palavra - isopor.

“-Como?
-Isopor
-Iso..
-ISOPOR! Esse negócio branco aqui..
-Ahh…Esferovite!
-Hein??”

O Isopor era o esferovite. O esferovite das caixas que carregavam o combustível para toda aquela folia. A boa e velha “geladinha”. Toda a gente se servia dos vendedores e logo percebi que precisava ir lá buscar uma também... (para me ambientar completamente àquele novo mundo!)

Um menino vem ter comigo e estende balas (rebuçados). Era o único de olhar triste. Cabelo carapinha e olhar triste. Por isso me chamou a atenção. Porque me estendeu a mão com o olhar triste num lugar onde só se respirava alegria. E tantas tristezas disfarçadas em corações apertados. Mas essa alegria sempre foi mais forte. Venho a encontrá-lo várias vezes mais tarde, noutros dias, sem banda a tocar. Sempre com as mesmas balas, ou outras balas. Sempre com o mesmo olhar triste.

E as caixas de isopor ambulantes continuavam a penetrar a multidão por todos os lados.

“agora vou divertir
agora vou prosseguir
quero ver quem vai ficar
quero ver quem vai sair”

E marchavam ao som do samba que tocava ao fundo. Lá dentro a bebida sagrada desse nordeste perdido. 2 Reais a lata. E todos os problemas esquecidos. E as latinhas corriam de mão em mão. Beber para chorar, beber para rir. Beber para comemorar o que ainda estava por vir. Bebemorar era a lei desse Ceará. Viver e seguir em frente bebendo. Nada mais era preciso.

Apenas um sorriso naquele menino vendedor de balas.

O isopor ficou por essas festas tropicais. Veio de novo o esferovite. Mas fiquei a saber que não são precisos motivos para comemorar. A vida por si só é o bastante. Fiquei a saber que há crianças que não sorriem nunca. Por mais que sejam crianças. Por mais que todos à volta sorriam. Fiquei também a saber que esferovite também pode ser chamado de isopor. E sem perder a substância.

(em resposta ao Esferovite da Maurette)

domingo, 7 de outubro de 2007

#2 Das empatias

Milhares de pessoas cruzam a nossa vida. Nos meandros das nossas relações sociais, familiares, profissionais e dependendo da nossa mobilidade em cada um desses campos..Conseguimos conhecer sempre mais e mais pessoas. Chegamos a um ponto em que achamos que não vale a pena conhecer mais ninguém.. Não conseguimos gerir tanta coisa. Cada nova pessoa vem potencialmente tirar, nem que por um tempo, o lugar de outra. Mas acontece uma coisa. Sempre sentimos algum tipo de afinidade com cada nova pessoa na nossa vida. Precisamos de um pouco de tempo e convivência para descobri-la. Mas há-de haver sempre alguma afinidade. E podemos ser de contextos completamente diferentes, países diferentes, filosofias de vida completamente diferentes. O taxista da Malásia vai dizer alguma piada sobre os buracos da rua que nos vai fazer rir. O guarda da Realeza inglesa, feito estátua à entrada do Palácio, inerte a todos os turistas a interpelá-lo, há-de sorrir e espreguiçar, nem que seja só umas três horas por dia. Com qualquer pessoa que te cruzes, em qualquer lugar, vais ter sempre algo para lhe dizer. E ela a ti.
Mas claro temos mais afinidades com uns que outros. Ainda bem!
Com quem estamos mais à vontade, que pensa da mesma maneira, que adivinha os nossos pensamentos. Que diz as mesmas piadas. Com quem nos sentimos bem. Chamam-lhe afinidade...
Poderíamos até fazer um ranking da afinidade ou empatia que temos com as pessoas. Não haverá nenhuma que bata 100% connosco (eu própria não saberia dizer o que é bater 100% comigo!). Mas, por outro lado, a nossa natureza humana dá-nos um elo de ligação universal. Podemos ser transcendentalmente diferentes no aspecto e na cultura e em tudo o que nos caracteriza mas há-de haver uma forma de comunicação possível, uma mensagem transmitida e percebida. Uma ponte!

sábado, 6 de outubro de 2007

Casa da Música a prémio

O Channel 4 irá brevemente transmitir o RIBA Stirling Prize 2007 (concurso que visa destacar e premiar obras de referência em termos de arquitectura moderna).
Actualmente, o Channel 4 tem a decorrer uma "votação" no seu site para encontrar o edifício que mais agrada ao público.
Pela primeira vez, uma obra portuguesa aparece em destaque nesta votação - a Casa da Música.

Não deixem de participar, VOTANDO NA CASA DA MÚSICA

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Oliveirinha da Serra...o vento leva a flor (ó i ó ai)

"Portugal tem grande potencial para aumentar as suas exportações para o Brasil, afirma uma pesquisa inédita que será apresentado a empresários portugueses, em novembro.

O estudo "O Potencial de Exportação de Produtos Portugueses para o Brasil" aponta que as exportações portuguesas para o Brasil estão concentradas em 18 produtos, que representaram 83,3% do montante exportado entre 2004 e 2005, com destaque para o azeite, responsável por 24% do total."


(Agência Lusa 24/09/2007)

Jorge Palma em Barcelos!

Ele vem cá!! olé olé.. =)

(Dia 23 Novembro no Auditório São Bento Menni)

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Flasback duplo

hoje, em dois momentos diferentes do dia, fizeram-me ter viagens no tempo.. Mas não viagens, como o post anterior, de uns mesitos. Estas viagens temporais de hoje remontam a bem antes, muitos ANOS! (meu Deus, estou a ficar velha!!).. Uma não muito boa, a outra essa sim boa de lembrar... Na verdade, a "protagonista" da segunda viagem, nem sabe o quanto contribuiu para minimizar alguns efeitos menos bons da primeira. E da primeira, posso só dizer que é um capítulo encerrado da minha vida e que muito pouca vontade tenho de o lembrar! Já sobre a viagem "boa", tratou-se de um reencontro com uma amizade antiga..daquelas que de criança. Que se perdeu totalmente no tempo e espaço durante anos! E de tanta gente que vamos conhecendo, são logo estas que "calha" de ficarem dispersas no passado... De partilha de brincadeiras, confusões, danças para apresentar na escola.. Das primeiras confidências sobre namorados e pactos de segredos. Nós as duas fomos as "melhores amigas" durante um bom tempo. Ainda me lembro da pergunta como se fosse um pedido em namoro:
"Queres ser a minha melhor amiga?"
"Hummm, pode ser!" =)
Quando somos crianças, tudo isto faz sentido. E assim se estabeleceu o compromisso, e claro compromisso gera cíume. E sermões. E amuos. Mas também gera muitos risos, brincadeiras, danças ao som dos Roxette, Elvis Presley ou Take That...até uma linguagem gestual exclusiva inventamos! Com ela falavamos de toda a gente que estava a nossa beira.. hehe ...as TTT (essa não me ia lembrar eu!). E aquela "mão papel higiénico" que nós inventamos..(arrggh, não queiram saber!..lol) isto se puxasse ainda saía uma data de coisas mas também não interessa muito, só a nós duas mesmo...mas é giro recordar..e pensar como o tempo passou! E tanta coisa aconteceu entretanto...
Mas lembrei das nossas brincadeiras todos os dias no Verão debaixo do prédio dela (bem pertinho do meu na altura) ..treinos árduos de vólei enquanto toda a gente jogava às escondidas para sermos as campeãs de vólei do próximo ano...e valeu a pena o esforço!! (claro que estamos a falar de um campeonato de liceu..=)) e uma festinha de anos a seguir à outra.. pois nunca nos deixaram fazer no mesmo dia!! (mas na dela havia sempre Ferrero Rocher, nham nham =))
Que pena que essas coisas não duram para sempre..
Foi bom recordar. E será bom tentar recuperá-la, mesmo que estejamos diferentes passados tantos anos. A essência de cada uma não deve ter mudado, afinal somos sagitarianas..;)
para finalizar, A.D. quieres hablar comigo espanholito? =) (private!)

(para quem disse que ia viver o presente, ando com muitos flashbacks! =P)